A inovação é uma cultura a qual deve ser desenvolvida nas pessoas. Por isso o tema é recorrente em palestras e eventos na Setrem. Na primeira etapa do XI
Seminário de Engenharia de Produção, realizada no dia 7 de junho, o foco foi o agronegócio e as oportunidades para acadêmicos e profissionais de
Engenharia. A palestra foi ministrada pelo consultor em Inovação no Agronegócio, Ms. Luiz Eduardo Ramos.
Conforme o especialista, existe uma
distância muito grande que separa a realidade do agronegócio com o que hoje se cria de inovação. “É um problema sério. Há pouca gente
fazendo inovação no agronegócio. E dessas poucas pessoas, a maioria delas não vem do agronegócio”, afirma Ramos. Outra dificuldade está na
desinformação dos engenheiros sobre o agronegócio. “Todo semestre eu faço essa palestra nas universidades e é impressionante o nível de
desinformação de gente que e já está formada, fazendo pós-graduação, a respeito do agro, sabendo o quanto ele representa no
Brasil”.
Em razão deste cenário, Ramos mostrou um panorama de oportunidades para engenheiros no agronegócio. Como exemplo, o consultor
apresentou dois casos de sucesso para explicar como o conhecimento da realidade é fundamental para se criar novos negócios na agricultura. “Um deles é o cocho
móvel desenvolvido pela Tryber, empresa de Independência (RS) e o outro é um pequeno trator elétrico desenvolvido por uma startup”, comenta.
Para Luiz Eduardo Ramos, “o mercado está sendo só arranhado” e para que, de fato, haja um maior número de startups no agro e com qualidade, as
universidades têm um papel fundamental neste processo. “As universidades têm um papel fundamental em desenvolver essa cultura de inovação no
agronegócio. Porém me parece que todo mundo entende que faz sentido olhar para o agro, investir e capacitar profissionais, mas falta a centelha de dizer qual é o
caminho. As iniciativas, ainda, vêm muito mais de grandes empresas focadas nos seus interesses”.
O XI Seminário de Engenharia de Produção
foi promovido pelo curso superior em Engenharia de Produção da Faculdade Três de Maio – Setrem e o Diretório Acadêmico de Engenharia de
Produção (DAEPRO).