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12/06/2018 | 20:31 | Praia Notícias | Polícia

Ao menos R$ 10 milhões teriam sido desviados da saúde em Penha e Itapema em esquema entre OS e agentes públicos

Ex-prefeito de Penha Evandro Eredes dos Navegantes, o ex-secretário de Saúde do município Cleybi Darossi e outros 15 foram presos temporariamente

Ex-prefeito de Penha Evandro Eredes dos Navegantes, o ex-secretário de Saúde do município 

Cleybi Darossi e outros 15 foram presos temporariamente
Polícia Civil deflagrou Operação Sutura em Santa Catarina (Polícia Civil/Divulgação)
Pelo menos R$ 10 milhões foram desviados da Saúde em Penha e Itapema em um esquema do qual fariam parte a organização social (OS) Instituto Adonhiran e agentes públicos, informaram o Ministério Público de Contas de Santa Catarina (MPC) e a Polícia Civil. Os desvios teriam ocorrido entre 2011 e 2016.
Quinze pessoas foram detidas temporariamente. Ao todo, foram expedidos 17 mandados de prisão, sendo 16 em Santa Catarina e uma em Mato Grosso, dentro da Operação Sutura, deflagrada nesta terça-feira (12) pela Polícia Civil. Até o início desta noite, os agentes estavam em diligências para cumprir dois mandandos.
Entre os presos estão o ex-prefeito de Penha Evandro Eredes dos Navegantes, o ex-secretário de Saúde do município Cleybi Darossi, o ex-controlador do município Rafael Celestino e outros agentes.
Conforme a Polícia Civil, estima-se que R$ 2 milhões foram desviados em Penha e outros R$ 8 milhões em Itapema. As prisões temporárias têm um prazo de cinco dias, podendo ser prorrogados por mais cinco.
O advogado que defende Navegantes, Darossi e Celestino informou que a prefeitura se limitava a fazer os repasses e receber as prestações de contas, conforme previsto no convênio, e que não tinha responsabilidade na administração da entidade.
As prefeituras de Penha e de Itapema informaram que os contratos com a OS ocorreram em gestões anteriores e já se encerraram. A reportagem não conseguiu contato com a organização social.
Esquema
Segundo a Polícia Civil, os recursos saíam das prefeituras com destino à organização social, que fazia a gestão e administrava diversos serviços de saúde. Em Penha, a organização repassava o valor para empresas de fachada para emitirem notas fiscais.
Depois, os recursos retornavam ao proprietário do hospital, que era o mesmo do Instituto Adonhiram. A dinâmica do esquema em Itapema ainda está sendo investigada, segundo a polícia.
Até 2016, a organização social Adhoniram administrava hospitais de Itapema e Penha, e fazia os contratos para oferecer consultas com especialistas nos postos de saúde. Segundo a Polícia Civil, em Penha a população ficou seis meses sem médicos especialistas nos postos, mas a OS continuou recebendo os valores sem prestar o serviço.
Apreensões
Foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão em sete cidades catarinenses. Entre as apreensões estão bens que totalizam até R$ 1,5 milhão, com objetivo de ressarcir os cofres públicos se comprovadas as irregularidades.
Em Santa Catarina, os mandados de prisão, busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Penha, Balneário Piçarras, Joinville, Garuva, Timbó, Balneário Camboriú e Itapema.
Fonte: G1
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