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13/06/2018 | 07:43 | Educação | Três de Maio

Setrem realiza 3º Simpósio Estadual de Derivados Lácteos

Evento contou com oficinas, palestras e mostra de trabalhos científicos

Evento contou com oficinas, palestras e mostra de trabalhos 

científicos
SETREM/divulgação
O curso superior de Tecnologia em Laticínios da Setrem promoveu na sexta-feira, 8 de junho, o 3º Simpósio Estadual de Derivados Lácteos. Durante o dia foram promovidas oficinas sobre resíduos de antibióticos no leite, desenvolvimento de queijos regionais, qualidade do leite e inovação de produtos lácteos, com renomados profissionais do setor no Estado. À noite, o evento sediou duas palestras, reunindo estudantes, professores, profissionais e produtores de leite.
Na primeira palestra, o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Dr. Rogério Morcelles Dereti abordou o tema da qualidade do leite e destacou a importância dos requisitos de segurança para agregar valor ao produto. “A qualidade começa por boas práticas na pecuária de leite, ou seja, adotar procedimentos adequados em todas as etapas da produção de leite nas propriedades rurais”, afirmou. Desta forma, segundo Dereti, é possível assegurar que o leite e seus derivados sejam seguros e adequados para o seu uso. “Essas boas práticas alicerçam a produção e leite para satisfação das mais altas expectativas da indústria de alimentos e dos consumidores”, completou.
Em seguida, o público apreciou um “milk break”, servido no Auditório do Campus, com produtos de derivados lácteos, como queijo, doce de leite, requeijão, bolacha e iogurte, alguns produzidos pelo próprio curso de Laticínios da Setrem e outros disponibilizados pelas empresas patrocinadoras Lactalis, Doceoli e Tchê Milk.
Na sequência, a segunda palestra da noite teve como tema as tendências de mercado e a regulamentação de queijos artesanais no Rio Grande do Sul, abordado pelo coordenador da Câmara Setorial do Leite da SEAP-RS, Ms. Danilo Cavalcanti Gomes. Ele destacou que hoje o Brasil vive uma expansão na produção de queijos artesanais, iniciada em Minas Gerais e que também já é crescente no Sul do país. Em solo gaúcho, os queijos mais típicos são o serrano e o colonial. Enquanto que o serrano é restrito dos Campos de Cima da Serra e parte de Santa Catarina, o colonial está presente em todo o Estado.
No entanto, segundo Gomes, não há nenhuma legislação que determine as características de como deve ser o queijo colonial. Por isso, ele coordena o Projeto de Resgate Histórico e Regulamentação do Queijo Colonial Gaúcho, com o objetivo de identificar não apenas um, mas vários tipos de queijos coloniais. “Por meio de pesquisas com a Emater e universidades, identificamos que cada região tem seu próprio queijo, com a sua história e o que é passado de geração em geração”, explicou. O projeto deve começar em regiões onde o queijo colonial está mais solidificado, entre elas a Noroeste. “O importante será focar qual produto uma determinada região pode oferecer com as suas características culturais e históricas”. Para ele não é apenas queijo que está se produzindo, mas toda uma história por trás daquele produto. “Costumo dizer que a gente não vende apenas leite coalho, sal e fermento. A gente vende uma experiência de consumo daquele queijo”, finalizou.
Ao final do evento, a coordenadora do 3º Simpósio Estadual de Derivados Lácteos, Dra. Daniela Buzatti agradeceu a participação de todos nas oficinas e nas palestras, bem como os palestrantes e os apoiadores Sindilat/RS, Funcap e APL Leite Fronteira Noroeste, e divulgou os trabalhos científicos premiados com menção honrosa. Foram premiados em 2º lugar o trabalho com o título “Desenvolvimento e aplicação de análise sensorial de frozen yogurt com sabores inovadores”, e em 1º lugar o trabalho com o título “Teste sensorial de ordenação aplicado em bebidas lácteas achocolatadas de marcas comerciais”.
Fonte: Assessoria SETREM
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