O Grêmio cedeu, aos 48
minutos do segundo tempo, um empate em 1 a 1 ao Flamengo. Após abrir o placar com Luan, a equipe de Renato Portaluppi recuou demais no segundo tempo e levou o gol no finalzinho de
Lincoln. No jogo de volta, dia 15, no Maracanã, o time precisará vencer para se classificar no tempo normal. Uma nova igualdade levará a decisão para os
pênaltis. Embora fosse válido pelo mata-mata das quartas de final da Copa do Brasil, o clássico entre gaúchos e cariocas tinha clima de decisão de
campeonato na Arena. Com direito a recepção na entrada em campo com o estouro de canhões de fumaça azul e branca e Tite, técnico da Seleção,
como espectador ilustre nos camarotes, o jogo exigia uma postura diferente por parte do Grêmio.
Contra um dos melhores times do país, Renato abdicou
da posse de bola em nome da objetividade. O treinador, que escalou o time com o lateral-esquerdo Marcelo Oliveira como titular e Bruno Cortez, ainda sem condições ideais, no
banco, deu uma ordem clara a seus jogadores: chutar em gol. No total, foram 14 finalizações no primeiro tempo. Tanto foi assim que, logo aos 20 segundos, André ajeitou
a bola para Luan finalizar para defesa do goleiro Diego Alves.
O Grêmio tratava de marcar a saída de bola desde a área do Flamengo, tentando
sempre roubar a bola perto do gol adversário para arriscar uma conclusão. Com esta postura, o time levou perigo aos sete minutos, em tentativa de Everton, e aos oito em chute
de Geromel. Mas as duas chances foram bloqueadas pela zaga do Flamengo. Ainda que tentasse encurralar o Flamengo, o Grêmio dava espaços para escapadas dos cariocas pelas
laterais. Pela direita, Rodinei buscava arrancadas às costas de Marcelo Oliveira e, pela esquerda, Marlos Moreno levava perigo. Aos nove, o colombiano mandou chute forte para boa
defesa de Grohe. Aos 22, Maicon errou passe e entregou a bola para Marlos Moreno, que disparou para a área e tocou para Cuéllar, que concluiu para fora.
Mas o Grêmio não recuou. Aos 26, o time de Renato voltou a criar chance com Luan, que tocou para Everton tentar uma finalização que parou na defesa do
Fla. Também tentou mais chutes de fora da área, com Maicon, aos 27, e Cícero, aos 29, sem maiores perigos para Diego Alves, e também com Luan, aos 33, exigindo
boa defesa do goleiro do Flamengo.De tanto insistir, o Grêmio chegou ao gol aos 37 minutos. Em grande jogada, Léo Moura driblou Marlos Moreno, tabelou com Ramiro e cruzou na
medida para Luan mandar para as redes de Diego Alves. Um golaço, que foi o de número 300 na Arena.
Na volta do intervalo, Everton seguia
elétrico. No primeiro minuto, o Cebolinha arrancou em velocidade e fez fila na zaga do Flamengo, mas na hora do passe para Ramiro concluir, foi bloqueado. O cenário, em poucos
minutos, ficou claro: o Grêmio deixou a bola com os cariocas e apostou no contra-ataque.Ainda que perigosa, a estratégia era bem cumprida pelo sistema defensivo. Tanto que o
Fla só tentava chegar ao ataque em cruzamentos ou com bola parada. Aí Geromel e Kannemann foram soberanos. Aos 17, após cobrança de falta de Everton Ribeiro,
Uribe não teve espaço para cabecear. Aos 18, Diego recebeu de Renê e tentou conclusão fraca, defendida por Grohe.
O técnico
Maurício Barbieri promoveu a estreia de Vitinho em sua equipe, que ganhou em velocidade. Mas o Grêmio seguia fechando espaços. Aos 22, Diego teve outra chance de
bola parada, mas o chute explodiu na barreira. Aos 37, o cenário se repetiu e a zaga tricolor mais uma vez levou vantagem. Mas o Grêmio não conseguiu resistir ao ritmo
intenso do Flamengo: aos 48 minutos, Renê tabelou com Everton Ribeiro, que foi ao fundo cruzar para Lincoln, que apareceu entre os zagueiros e empurrou a bola para a rede.