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24/09/2018 | 20:07 | Polícia

Homem confessa que matou cunhada dentro de casa em Cachoeirinha

Evandro Ferreira, 42 anos, preso em Cruz Alta, disse que mantinha relacionamento com Elaine Silva da Silva, 52 anos, e asfixiou a vítima

Evandro Ferreira, 42 anos, preso em Cruz Alta, disse que mantinha 

relacionamento com Elaine Silva da Silva, 52 anos, e asfixiou a vítima
Evandro está preso em Cruz Alta desde o dia 15 de setembro, quando foi encontrado hospedado com nome falso em hotel - Arquivo Pessoal / Arquivo Pe
Ouvido na tarde desta segunda-feira (24) em Cruz Alta, onde está preso, Evandro Ferreira, 42 anos, confessou ter matado a cunhada na casa da família, segundo a Polícia Civil. Elaine Silva da Silva, 52 anos, foi encontrada morta em 13 de setembro, em Gravataí, dois dias após desaparecer da casa onde vivia com os parentes, em Cachoeirinha.
Conforme o delegado Leonel Baldasso, da 1ª Delegacia de Cachoeirinha, o homem confessou o crime para três policiais que viajaram até a Região Noroeste para ouvir o suspeito, preso preventivamente pelo crime. Ele disse aos policiais que manteria relacionamento com a mulher. Alegou que o crime ocorreu durante uma briga na qual Elaine teria ameaçado contar à família sobre o relacionamento. Evandro teria dito que sairia de casa e, segundo ele, a cunhada não teria aceitado.
— Ele disse que mantinha um caso com a cunhada e que cometeu o crime dentro de casa. Eles se desentenderam porque ele queria ir morar no Interior e ela não queria. Então, segundo ele, ela teria ameaçado contar tudo para a irmã. Ele asfixiou ela na sala — afirmou o delegado. 
Depois disso, Evandro teria colocado o corpo de Elaine dentro do porta-malas do Siena e seguido até um motel em Gravataí. No local, segundo o depoimento dado aos policiais civis, teria retirado o corpo de dentro do veículo.
— Ele disse que se desesperou, não sabia o que fazer. Levou o corpo até lá, tirou do porta-malas, chegou a dar um banho. Voltou e colocou no carro — relatou Baldasso.
O autor confesso ainda relatou que decidiu deixar o corpo da cunhada em um matagal na localidade de Morungava, em Gravataí. De lá, teria seguido caminhando pelo mato até chegar a um hotel em Taquara, onde ficou hospedado por algumas horas. Após, entrou em um ônibus para Cruz Alta. O homem se hospedou em um hotel na sexta- feira (14), com nome falso, e foi preso no dia seguinte pela Polícia Civil.
— O depoimento dele condiz com as nossas suspeitas. Com aquilo que as imagens das câmeras já indicavam, que ela teria sido morta dentro de casa — afirmou o delegado.
A polícia obteve imagens que mostram Evandro circulando sem ninguém no banco do carona. Isso já levava os investigadores a suspeitarem de que o crime poderia ter ocorrido dentro da residência. O homem morava com a mulher, irmã de Elaine, e a filha no andar inferior da casa. Já a vítima residia com os pais e outra irmã no andar superior da mesma moradia.
Acompanhado da defesa, Evandro foi ouvido pelos policiais por cerca de uma hora dentro do presídio em Cruz Alta, onde está detido. Ele foi preso em flagrante por falsidade ideológica e por resistência à prisão. Depois disso, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por suspeita de envolvimento na morte da cunhada.
Polícia cogita pedir reconstituição 
A polícia aguarda ainda o recebimento do resultado da perícia realizada na residência. Na casa os peritos encontraram, por meio do exame com luminol, vestígios que podem ser de sangue.  
— Vamos aguardar os laudos, as provas técnicas. A confissão não é absoluta, ela é um indicativo e confirma a autoria criminosa. É plausível com a descrição do legista, de que ela foi asfixiada. Mas tem alguns fatos para serem esclarecidos, como as costelas quebradas e a hemorragia interna — disse Baldasso. 
Devido a alguns pontos que ainda precisam ser esclarecidos no caso, o delegado cogita pedir a reconstituição do crime. 
— Como é um caso complexo, não descarto pedir a simulação dos fatos para verificar se realmente condiz com a confissão — afirmou. 
Fonte: Gaúcha ZH
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