Era com
reservas, é verdade, já que os titulares guardam forças para o jogo de volta contra o River Plate, terça-feira (30), pela Libertadores. Ainda assim, foi
incômoda para a torcida a derrota do Grêmio por 4 a 3 para o Sport, na tarde deste sábado (27), na Arena. O resultado deixa a equipe a 10 pontos do líder
Palmeiras e praticamente sem chances de título. E mantém o time por mais uma rodada fora do G-4 do Brasileirão. Em 2017, o mesmo resultado havia ocorrido, só que
na Ilha do Retiro, em Recife.
Desde o início da partida, o Sport, mais interessado, assumiu o controle, contra um Grêmio letárgico. Dois bons
chutes de fora da área, de Michel Bastos e Jair, levaram perigo e mostraram que o adversário, mesmo na zona de rebaixamento, oferecia riscos. Nesse ritmo, não demorou
para que o primeiro gol saísse. Aos sete minutos, em cobrança de falta do lado direito, Michel Bastou ergueu a bola na direção da área e Jair, que se
antecipou a Kaio, venceu Paulo Victor com seu cabeceio.
A insegurança defensiva do Grêmio também era evidente. Bressan, aos 10
minutos, dominou mal a bola, perdeu-a para Hernane Brocador e, forçado a cometer falta, recebeu cartão amarelo. Satisfeito com a vitória parcial, o Sport passou a ceder
campo, em uma clara opção pelos contra-ataques.
Apesar das dificuldades de articulação, decretadas pela lentidão de Douglas e da
falta de adaptação de Juninho Capixaba às funções de criador, o Grêmio cresceu. Aos 11 minutos, lançado dentro da área, Thaciano
perdeu a dividida para o goleiro. Faltou ousadia a Kaio para empatar, aos 20 minutos. Lançado por Capixaba, ele hesitou em bater, recuou a Thaciano, que chutou sobre o
zagueiro.
Bressan foi à frente e, aos 26 minutos, quase marcou, com um chute rasteiro, defendido por Mailson. Haveria um novo baque. Deslocado pela direita,
Juninho Capixaba perdeu para Mateus Gonçalves, que tabelou com Hernane, recebeu na frente, passou por Kannemann e, na frente de Paulo Victor, fez 2 a 0.
Só então o Grêmio despertou e fez o primeiro. Aos 37 minutos, Mailson espalmou cruzamento de Madson e Matheus Henrique, depois de "furar" na primeira
tentativa, conseguiu driblar Jair dentro da área e acertou no canto direito, em chute de pé esquerdo. Não fosse a falta de pontaria de Kaio, o empate teria saído
no primeiro tempo. Aos 43 minutos, em bom cruzamento de Douglas, o volante, na frente de Mailson, cabeceou para fora.
Já com Pepê no lugar de Kaio, na
segunda etapa, o Grêmio partiu determinado em busca do empate. Que veio em pênalti sofrido por Madson e batido com força por Juninho Capixaba, aos sete minutos. Nem
houve, contudo, tempo para comemorar. Um minuto mais tarde, depois de cruzamento de Sander, Gabriel chegou antes de Marcelo Oliveira e, de cabeça, fez 3 a 2.
A
partir daí, sobrou emoção na partida. O Grêmio chegaria a novo empate, aos 13 minutos. Em lançamento de Matheus Henrique, Madson aparou e serviu para
Thonny Anderson marcar. Seria o momento do Grêmio? Nada disso. Aos 18, em falta batida por Michel Bastos, Juninho Capixaba ficou parado e Jair, de cabeça, ampliou: 4 a 3 para o
Sport.
Renato tornou o time mais ofensivo, com Marinho e Jean Pyerre, como recurso final para obter ao menos o empate. O problema é que o Sport
fechou-se ainda mais, com Rogério e Fellipe Bastos, na desesperada tentativa de manter um resultado heroico e tentar distanciar-se da zona de rebaixamento. Esforçado, mas sem
qualidade e organização, o Grêmio não conseguiu salvar sua tarde.