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29/08/2019 | 05:18 | Esporte

Inter empata com o Flamengo no Beira-Rio e está eliminado da Libertadores

Equipe de Odair Hellmann não conseguiu reverter desvantagem de dois gols do jogo de ida no Rio

Equipe de Odair Hellmann não conseguiu reverter desvantagem de dois gols do jogo de ida no Rio
Inter de D'Alessandro caiu nas quartas de final da Libertadores - Marco Favero / Agencia RBS
O sonho colorado do tricampeonato da Libertadores foi adiado às 23h30min da noite desta quarta-feira (28), quando o árbitro argentino Patrício Loustau apitou o final de jogo entre Inter e Flamengo, com empate em 1 a 1, no Beira-Rio. 
Apesar do apoio de mais de 47 mil torcedores, com recorde de público no estádio, o time de Odair Hellmann não teve forças para reverter a derrota por 2 a 0 do jogo de ida das quartas de final, no Maracanã. Depois de um primeiro tempo insosso, o Inter retomou a pegada na segunda etapa, reagiu, mostrou entrega e garra. Mas não teve condições de ir além e, obrigado a fazer escore, acabou abrindo a defesa e sofrendo o gol de empate. 
Com a eliminação, o Inter adiou o Gre-Nal dos Gre-Nais, que agora só poderá ocorrer em uma eventual final de Copa do Brasil. No próximo dia 4, o Inter receberá o Cruzeiro, precisando apenas de um empate em casa para confirmar a sua classificação à final da copa que lhe resta, a do Brasil. 
Se o Inter precisava de gols, o primeiro chute foi rubro-negro. Aos 46 segundos de jogo, Arrascaeta, da entrada da área, bateu em curva, e Marcelo Lomba fez a sua primeira grande defesa. O Inter parecia assustado, além de perdido em campo. Um minuto depois, com Rodrigo Lindoso em algum lugar do campo, mas menos onde deveria estar, os colorados viram Gabigol correndo sozinho e batendo na saída de Lomba, que fez uma defesa de futsal, salvando o Inter pela segunda vez em menos de dois minutos de jogo. 
O Inter conseguiu chegar pela primeira vez aos seis minutos, em um chute de Sobis em cima de Rodrigo Caio. Na cobrança de escanteio, Guerrero fez falta no goleiro Diego Alves que, como era esperado, foi ao chão "sentindo" dores até os ossos. A catimba era carioca na noite de Porto Alegre. 
Com ações lentas no ataque, o Inter não conseguia exercer qualquer pressão sobre o Flamengo. Com essa falta de pegada, aos poucos, o time fez com que o ânimo da torcida (que estava cantando a plenos pulmões no começo do clássico) também fosse se arrefecendo. Enquanto isso, no pátio do Beira-Rio, torcedores sem ingressos tentavam ingressar no estádio e eram rechaçados p pela Brigada Militar. Aos 21 minutos, mais um chute a gol. Do Flamengo. Everton Ribeiro bateu da entrada da área e Lomba agarrou. 
Rafael Sobis era uma ilha de indignação em uma equipe amarrada, que não conseguia jogar, e que sequer ameaçava o gol adversário. Apesar da bravura, Sobis passou a correr risco de expulsão, pois já havia recebido o cartão amarelo, e seguia acelerando em chegadas e bate-bocas com adversários. 
A promessa de Odair Hellmann de um Inter agressivo em campo não foi cumprida no primeiro tempo. O primeiro chute a gol (na verdade foi para fora) ocorreu aos 41 minutos, com Patrick, batendo à esquerda. O Flamengo mandou no jogo, aos 43, Gabigol, sozinho, bateu para fora. Já Diego Alves, foi visto apenas cobrando tiros de meta, enquanto que Marcelo Lomba fez cinco defesas, uma delas, salvadora. 
D'Alessandro ainda tentou fazer o time acordar. Mas de maneira torta - como fez na final da Copa do Brasil de 2009, ao ser expulso por brigar com o zagueiro corintiano William, quando percebeu que tudo estava perdido. Colaborou com a cera rubro-negra ao empurrar Diego Alves pela demora na cobrança de um tiro de meta. Ambos receberam cartão amarelo. O primeiro tempo chegou ao fim com a torcida calada pelo próprio time.
No segundo tempo, com a torcida já cantando sem a mesma empolgação, num esforço final de ver os seus jogadores reagindo em campo, a atitude em campo foi outra. A situação era tão desesperadora que a torcida começou a gritar o nome de Nico López. Odair Hellmann, que não havia feito substituição alguma no intervalo, cedeu à pressão, e mandou o uruguaio a campo no lugar de Sobis, aos quatro minutos. Cinco minutos depois, sai Uendel, entra Wellington Silva. E o Inter passou a acreditar de novo. 
As trocas surtiram efeito e, aos 16 minutos, o Inter fez um esperançoso 1 a 0. D'Alessandro cobrou falta para a área, e Rodrigo Lindoso saltou para desviar de cabeça para o gol - que foi confirmado somente seis minutos depois, devido à morosa conferência do VAR. 
O gol e a demora do VAR jogaram combustível na fogueira colorada, que ameaçava se apagar. Obrigado a marcar pelo menos mais um gol, o Inter se jogou para a frente, mas também passou a oferecer generosos espaços para o contra-ataque rubro-negro. A cartada definitiva de Odair foi a troca de Sarrafiore por Cuesta. Na vitória colorada sobre o Flamengo, pelo Brasileirão, o argentino havia marcado em chute de fora da área o segundo gol do 2 a 1.
Mas a desesperada ousadia custou caro. Sarrafiore perdeu a bola e, ato contínuo, em uma repetição do Maracanã, Bruno Henrique puxou o contra-ataque, invadiu a área, e passou para Gabigol empurrar para o gol vazio: 1 a 1. O Inter, então, passou a precisar de um 4 a 1 para se classificar. Impossível.   
Agora, resta aos colorados a Copa do Brasil como a última tentativa do ano de obter uma grande conquista, algo que não se vê no Beira-Rio há quase uma década. 
Fonte: Gaúcha ZH
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