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04/11/2014 | 05:50 | Trânsito

Quatro rodovias federais devem ter aumento de velocidade até o verão

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes pretende alterar alguns trechos até fevereiro

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes 

pretende alterar alguns trechos até fevereiro
A PRF e o Dnit não acreditam que a alteração eleve a possibilidade de acidentes, já que as estradas estariam em boas condições (Foto: Diego Vara /
Acordado entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o aumento do limite de velocidade em rodovias federais gaúchas deve ser colocado em prática a partir do próximo verão em quatro BRs: 158, 285, 290 e 472. Nas três primeiras, a máxima permitida será de 110 km/h; na 472, de 100 km/h. Os trechos ainda não estão definidos.
A PRF e o Dnit não acreditam que a alteração eleve a possibilidade de acidentes, já que, na prática, muitos veículos trafegam a 110 km/h. Além disso, as estradas estariam em boas condições. Engenheiros da autarquia federal e chefes de fiscalização da polícia rodoviária vão entregar relatórios sobre os pontos que podem ser mexidos. Com base neles, as obras de sinalização devem começar ainda em 2014.
– Inicialmente, serão estas rodovias. Não podemos fazer nada na BR-116 agora, pois ela está sendo duplicada, e no sentido norte é uma curva dentro da outra, não tem como aumentar. Depois da duplicação, talvez. Até fevereiro devemos estar implantando alguma coisa – afirma o superintendente regional do Dnit, Pedro Luzardo.
Em quatro anos, multas por radar móvel crescem 700% no RS
Ainda não está definido quais serão as máximas para ônibus e caminhões, mas a tendência é que sejam menores do que as dos automóveis e motocicletas. As discussões começaram no dia 2 de outubro, e o acerto ocorreu hoje. Conforme a PRF, as áreas urbanas, curvas acentuadas e cruzamentos continuam iguais.
Levantamento da PRF motivou alteração
Alessandro Castro, chefe da Comunicação Social da PRF, explicou que a polícia fez uma avaliação dos trechos mais perigosos das rodovias para embasar a Operação Hermes, em que empregou mais de um radar no mesmo local, multando mais de 40 mil veículos. A PRF observou que há lugares em que pode ser possível aumentar a velocidade e outros em que o limite poderia ser reduzido, como em áreas urbanas, onde ocorrem muitos atropelamentos.
– Existe uma diferença de capacidade de frenagem e parada entre veículos leves e pesados. Era preciso diferenciar. Na fiscalização, constatamos que os 110 km/h são praticados e não é por causa disso que ocorrem as colisões. Estamos adequando a sinalização a uma realidade que a lei já prevê, considerando todo o avanço tecnológico que temos – ressalta o superintendente da PRF no Estado, Jerry Adriane Dias Rodrigues.
Para alterar o limite em uma via, é preciso examinar qual é a velocidade usada para projetar a estrada (a velocidade diretriz), que obedece a parâmetros que garantem a segurança da via. Aumentar a máxima implica em fazer uma reforma na estrada e adaptar as características técnicas da rodovia às normas.
Quando aumenta a velocidade, tem que alargar os acostamentos, e expandi-los de dois para três metros requer obras de terraplanagem. É necessário também alargar a faixa de tráfego. Uma faixa, normalmente, tem 3m50cm. Para velocidade acima de 80km, teria que aumentar para 3m75cm, como é na freeway.
Outras mudanças necessárias são nas curvas, — onde há uma inclinação, chamada superelevação, para compensar a força centrífuga, — e nas distâncias de área de ultrapassagem, para não tornar maior o número de colisões frontais.
Fonte: Zero Hora
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