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29/04/2024 | 04:48 | Política

Prefeito cassado vence eleição suplementar em São Francisco de Assis

Paulo Renato Cortellini (MDB) foi condenado por compra de votos e abuso de poder na disputa de 2020, mas não ficou inelegível; ele irá governar até dezembro deste ano

Paulo Renato Cortellini (MDB) foi condenado por compra de votos e abuso de poder na disputa de 2020, mas não ficou inelegível; ele irá governar até dezembro deste ano
Reprodução internet

Paulo Roberto Cortellini (MDB) venceu as eleições suplementares realizadas neste domingo (28) em São Francisco de Assis, na Fronteira Oeste, e voltará a governar o município. Ele teve o mandato cassado no pleito de 2020 e, apesar de ter sido condenado também por abuso de poder, não foi considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

O vice-prefeito será Antônio Ebertom Luiz dos Santos (PDT). Os dois irão chefiar o executivo da cidade até 31 de dezembro deste ano. Em outubro, ocorrem as eleições municipais. Os eleitos no pleito regular vão assumir a prefeitura de São Francisco de Assis no período entre 2025 e 2028.

A chapa perdedora das eleições suplementares era formada por Ademar Antônio Dal Rosso Frescura e Jorge Ernani da Silva Cruz (PP). Conforme o TSE, com 100% das urnas apuradas, Paulo Renato Cortellini foi considerado eleito com 53,22% dos votos.

Desde a cassação, o município de 17,6 mil habitantes teve três prefeitos interinos. Até este domingo, o vereador Ancelmo Olin (PDT) era o chefe do Executivo. Ele assumiu o cargo no início de abril, após o prefeito interino anterior, Miguel Lamberty (MDB), renunciar para poder concorrer nas eleições de outubro. Lamberty não chegou a completar um mês na prefeitura. Antes, o vereador Franklin "Buiú" Pereira (PDT) também esteve no comando do município.

Entenda o caso

Paulo Renato Cortelini (MDB), que ocupava o cargo de prefeito, o vice Jeremias Oliveira (PDT) e o vereador Vasco Carvalho (MDB), então presidente da Câmara, foram cassados por compra de votos e abuso de poder nas eleições de 2020.

Segundo o Ministério Público, Vasco Carvalho, então candidato a vereador, teria negociado a entrega de cestas básicas a pedido dos candidatos Cortelini e Oliveira.

Os investigadores indicaram provas de que Oliveira teria pago empresários e custeado combustível para eleitores em troca de votos. Ainda conforme a denúncia, os políticos teriam prometido manutenções em diferentes regiões da cidade.

Paulo Renato Cortelini teve o diploma cassado, mas não foi declarado inelegível. Na época da condenação, o político disse lamentar a decisão do TSE e que iria recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Já Jeremias Oliveira teve o diploma cassado e foi declarado inelegível por oito anos. Ele afirmou que não houve compra de votos nas eleições. Vasco Carvalho, que também teve o diploma cassado e foi declarado inelegível, sustentou que houve uma armação dos partidos adversários e afirmou que iria buscar a nulidade do processo.

Fonte: GZH
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