O número de afogamentos durante o feriadão de Ano Novo no Rio Grande do Sul foi sete vezes superior ao
registrado há um ano, conforme dados da polícia e do Corpo de Bombeiros. Foram 14 casos confirmados, contra apenas dois do mesmo período do ano passado, como mostra
reportagem do RBS Notícias.
Uma das vítimas foi um jovem de 27 anos visto pela última vez se banhando em um rio no interior de Panambi, no Norte do
estado. O local é considerado impróprio para banho, segundo o Corpo de Bombeiros e, como na maioria dos casos, não contava com salva-vidas.
"Sempre orientamos as pessoas que procurem um local guarnecido por guarda-vidas. Nós temos várias praias internas, que são balizadas, que têm o trabalho dos
salva-vidas, o nosso Litoral Norte e o nosso Litoral Sul", diz o major André Dulinski Porto, coordenador dos salva-vidas da Brigada Militar.
O
número de 34 homicídios também foi alto no feriadão. Para a polícia, os fatos ainda são muito recentes, mas pode-se dizer que grande parte dos
crimes foi motivada por acerto de contas, e muitas vítimas tinham antecedentes criminais.
Entre eles está um comerciante de 73 anos, morto com cinco
tiros nesta terça-feira (31) em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste. O homem tinha diversas passagens pela polícia. Na Rodoviária de Porto Alegre, um homem de 32
anos era detento do regime semiaberto e foi assassinado por dois homens na segunda (30).
O diretor da Divisão Homicídios da Polícia Civil
gaúcha, Cristiano de Castro Reschke, acredita que diversos fatores contribuíram com o aumento na criminalidade. Entre eles, a liberação de detentos para os
períodos de festividades.
"É uma associação de fatores que envolvem um feriado prolongado, consumo de bebida alcoólica,
consumo de entorpecentes, uma discussão de trânsito... tudo somado traz estes números", disse Reschke.
Já as mortes no trânsito
diminuíram em relação ao feriadão de Natal. Foram 14 casos, contra 24 no Natal. Os números são semelhantes aos de 2012, que teve 28 mortes no Natal
e sete na vidada para 2013.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os acidentes mais graves aconteceram em dias de menor movimento nas estradas.
"Com a estrada mais livre o pessoal corre mais, extrapola nas ultrapassagens e, infelizmente, se envolve nos acidentes. A estrada livre não é sinônimo de
‘posso fazer o que quero’. Esse é o grande problema que acaba nos dando os acidentes mais graves", afirmou.