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24/04/2021 | 07:17 | Geral

Declarada morta em UPA, mulher é levada viva ao hospital horas depois em Cruz Alta

Divulgação

Um caso raro na área de saúde foi registrado em Cruz Alta, cidade com cerca de 60 mil habitantes distante cerca de 350km da capital Porto Alegre. No dia 22 de abril, a dona de casa aposentada Maria Margarete dos Santos Jesus, 62 anos, deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município apresentando dificuldades. A equipe de saúde prestou atendimento, porém Maria foi declarada morta por volta de 14h02min. Após comunicar aos filhos que infelizmente a mãe havia morrido, a UPA entregou a Declaração de Óbito (DO) para uma filha registrar em cartório. No campo que indica o motivo que causou o óbito, constava a informação de “morte de causa desconhecida, tipo de morte ignorada”.

 

Um filho procurou a funerária, e tão logo a irmã chegou com a certidão de óbito registrada no cartório foram escolhidos o caixão, as flores e o local dos atos fúnebres. Maria seria velada na capela da Funerária Freitas e sepultada no cemitério municipal. Enquanto a filha de Maria buscava uma roupa para vestir na mãe, o carro fúnebre com dois agentes funerários partiu em busca do corpo. Quando chegaram a UPA, eles foram comunicados pelo porteiro que a paciente estava viva, e recebendo atendimento. “Nos pediram um contato para avisar a família, pois a UPA não estava conseguindo localizar os filhos”, conta Junior, proprietário da Funerária Freitas.

 

O caso chegou até a prefeita Paula Rubin Facco Librelotto (MDB), que é médica e já atendeu na UPA. “Entramos em contato com a empresa terceirizada que faz a gestão da UPA, para que preste os esclarecimentos. Será aberto um processo interno para avaliar o que aconteceu, para que as equipes mostrem os prontuários”, disse a prefeita.


Maria Margarete foi transferida com urgência para o Hospital de Caridade de Ijuí, distante cerca de 50km de Cruz Alta, onde passou por um procedimento cirúrgico para colocação de uma mola no coração. Ela segue internada na UTI.


Procurada pela reportagem da Rádio Cidade e Jornal O Alto Jacuí de Ibirubá, a filha que registrou o óbito disse estar sem condições de falar do assunto.

Fonte: Redação Integrada Rádio Cidade e Jornal O Alto Jacuí
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