O delegado Aldronei Antônio Pacheco Rodrigues, um dos mais experientes em crimes de colarinho branco, vai assumir como superintendente regional da Polícia Federal no Rio Grande do Sul. Ele substituirá o delegado José Antônio Dornelles de Oliveira, que em junho completa 40 anos de PF e que pode se aposentar, pois já tem tempo de serviço.

Dornelles, 62 anos, está no cargo desde maio de 2020. Começou na PF como agente, em 1981.

Já Aldronei, 51 anos, fez carreira, na maior parte do tempo, como delegado na área fazendária. Ele está há 16 anos na PF - atuava, antes, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). Atualmente chefia a Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da PF no Rio Grande do Sul.

Aldronei foi um dos maiores responsáveis pela Operação Lava-Jato no Rio Grande do Sul. Na semana passada ele enviou à Justiça inquérito no qual indicia os ex-ministros Eliseu Padilha e Paulo Bernardo por corrupção, no recebimento de propina por contratos de ampliação da rede do Trensurb. Ele também concluiu esta semana um dos maiores inquéritos de crimes financeiros em território gaúcho, o caso Unick, empresa que teria acarretado prejuízo de R$ 12 bilhões a clientes que aplicavam em criptomoedas.

— Nossa gestão vai ser voltada ao combate dos desvios de recursos públicos e a crimes financeiros. É a minha origem. Fiz opção de carreira na PF já com esse foco. Opção de carreira e de vida. Vamos incrementar esse trabalho — resume Aldronei.

O Diretor Regional Executivo (Drex) no RS, segundo na hierarquia da PF, será o delegado Alessandro Maciel Lopes. Ele atua no momento como Delegado de Combate ao Crime Organizado (DRCor) e durante mais de década foi delegado em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai.

As mudanças não acontecem apenas no Rio Grande do Sul. As trocas na PF, anunciadas na noite de ontem, também ocorrem no Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe, Amapá e Alagoas.