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28/09/2021 | 08:20 | Saúde

Presidente do Instituto da Mama do RS é nomeada para prêmio internacional de combate ao câncer ao lado de Joe Biden

Médica Maira Caleffi atua como voluntária na entidade, fundada em 1993. Divulgação dos vencedores será feita no final de outubro. Para mastologista, pandemia fez com que mulheres diminuíssem a procura por avaliações.

Médica Maira Caleffi atua como voluntária na entidade, fundada em 1993. Divulgação dos vencedores será feita no final de outubro. Para mastologista, pandemia fez com que mulheres diminuíssem a procura por avaliações.
Maira Caleffi foi nomeada para prêmio União para o Controle Internacional do Câncer - Imama RS/Divulgação

A presidente voluntária do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama), Maira Caleffi, foi indicada para um prêmio internacional para personalidades que atuam no controle do câncer. A médica mastologista concorre na categoria da sociedade civil.

A divulgação dos vencedores deve ocorrer entre 25 e 26 de outubro, em Boston (EUA), na Cúpula Mundial de Líderes do Câncer. A doutora Maira Caleffi comentou da honra em ser nomeada.

  • "É um reconhecimento de um trabalho que eu faço voluntariamente junto com a minha prática de medicina. Mesmo que a gente não ganhe, entre 70 indicados já é uma honra", diz.

A representante do Imama foi nomeada pela União para o Controle Internacional do Câncer (UICC, na sigla em inglês) por sua atuação, há 30 anos, em campanhas de conscientização sobre o câncer de mama.

"Maira Caleffi tem trabalhado incansavelmente para melhorar os cuidados com a saúde das mamas para mulheres carentes, tanto no Brasil, sua terra natal, como em todo o mundo, por mais de 30 anos", aponta a entidade.

Entre lideranças públicas, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, é um dos finalistas. O americano é mencionado por políticas implementadas na área da saúde quando senador e vice-presidente de Barack Obama, entre 2009 e 2017.


Câncer e pandemia
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, o câncer de mama foi a principal causa de mortalidade de mulheres com 18.068 óbitos em 2019. Além disso, foram 66.280 casos novos apenas em 2020 no país.

Maira Caleffi classifica a situação de momento como uma "segunda pandemia". Para a mastologista, a crise da Covid-19 fez com que as mulheres diminuíssem a procura por avaliações médicas.

"Estávamos num processo de conquistas, tanto da população em geral quanto gestores públicos e profissionais de saúde em acreditarem no rastreamento. Houve uma queda geral nisso. A gente está falando da pandemia que se anuncia, mas também da pandemia dos cânceres, não só o de mama", alerta.

No primeiro ano da pandemia, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica e a Sociedade Brasileira de Patologia observou uma queda de de 50% a 90%, dependendo do serviço, das biópsias entre março e maio, afetando de 50 mil a 90 mil pessoas.

A coincidência da data de entrega do prêmio com o Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama, é uma oportunidade de alerta, explica Maira Caleffi.

  • "O Outubro Rosa tem tudo a ver com isso, um chamamento e um apelo. Todo mundo já sabia, mas tem que lembrar", afirma.

A presidente do Imama cita "três perguntas que salvam" em relação ao câncer de mama: se as mulheres já fizeram sua mamografia neste ano, se estão controlando o peso e se mantêm uma rotina de exercícios físicos.

Fonte: G1
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