04/11/2025 | 06:01 | Trânsito
Condutor do veículo será ouvido novamente, segundo a polícia. Excursão com adolescentes de Vacaria visitava Porto Alegre
O ônibus de turismo que pegou fogo após descer desgovernado uma rua do Centro Histórico, em Porto Alegre, no dia 3 de outubro, não teve os freios acionados corretamente, conforme informou a Polícia Civil.
O ônibus levava 57 passageiros, entre professores e alunos, adolescentes de 14 a 17 anos. Eles eram de uma escola de Vacaria, na Serra, e haviam saído de uma visita ao Palácio Piratini, na Rua Duque de Caxias.
O laudo foi finalizado sexta-feira (31) pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). O parecer inclui a perícia completa do local, bem como a dos freios do veículo.
— A conclusão da perícia foi de que o ônibus desceu aquela rua porque não foi acionado efetivamente o freio estacionário. Então, agora a gente quer ouvir novamente o motorista para ver o que ele tem a falar sobre isso. Vamos concluir esse procedimento e encaminhar à Justiça — explica o delegado Carlo Butarelli, responsável pela investigação e titular da Delegacia de Trânsito da Capital.
Em nota, o IGP afirma que o laudo "não aponta falha humana como causa direta do acidente". Segundo a perícia, "única hipótese tecnicamente possível e suficiente para ocorrência do evento foi uma falha mecânica na válvula pneumática localizada junto à alavanca de acionamento do freio de estacionamento".
"O Instituto-Geral de Perícias reforça que suas análises são de natureza técnico-científica, realizadas com base em critérios objetivos e em conformidade com os protocolos oficiais de perícia criminal", diz o comunicado do IGP.
Além do laudo mecânico, outra análise comprovou que o incêndio aconteceu depois que o ônibus bateu em um dos carros estacionados na via. As câmeras de videomonitoramento mostram o momento da colisão.
O laudo, obtido por Zero Hora, dá detalhes da análise pericial. O texto descreve a dinâmica do acidente:
Fotos anexadas pelo IGP mostram que foi verificado "desgaste acentuado no pino rolete das sapatas de freio de cada roda do eixo de tração". Segundo os peritos, isso "pode reduzir a eficiência do sistema de frenagem, tanto do freio de serviço quanto do freio de estacionamento, no entanto não suficiente para causar uma falha catastrófica".
O laudo, obtido por Zero Hora, dá detalhes da análise pericial. O texto descreve a dinâmica do acidente:
Fotos anexadas pelo IGP mostram que foi verificado "desgaste acentuado no pino rolete das sapatas de freio de cada roda do eixo de tração". Segundo os peritos, isso "pode reduzir a eficiência do sistema de frenagem, tanto do freio de serviço quanto do freio de estacionamento, no entanto não suficiente para causar uma falha catastrófica".
O advogado ainda disse que a empresa está à disposição para custear acompanhamento psicológico aos alunos, bem como já disponibilizou novos telefones celulares e objetos pessoais, como mochilas e roupas, para repor os itens danificados no acidente.
09/11 07:14