Em 2013, o Hospital
São Vicente de Paulo (HSVP) de Três de Maio, integrante da Rede Verzeri, realizou 402 procedimentos de sangria terapêutica. Sendo estes pacientes provenientes de
vários municípios da região, entre eles Três de Maio, Independência, Boa Vista do Buricá, Horizontina, Alegria e São José do
Inhacorá, os quais se foram encaminhados a partir de alguns convênios, tais como Unimed, Ipe, particulares e de Três de Maio também pacientes do SUS.
A sangria terapêutica é um procedimento similar à doação de sangue, porém o sangue é desprezado após a coleta. A
terapia tem o objetivo de retirar células ou substâncias em excesso no sangue circulante ou em depósito em alguns órgãos do corpo, com a finalidade de
tratar os sinais e sintomas de determinadas doenças. “Esta terapia é indicada mais frequentemente em pacientes portadores de hemocromatose (acúmulo de ferro no
organismo), policitemia vera e poliglobulia (aumento da massa de glóbulos vermelhos)”, explica o médico especialista em Cirurgia Geral, Denis Reinehr.
A cada procedimento de sangria são retirados de 400 a 500 ml de sangue, volume este que, de acordo com a condição clínica do paciente, pode ser reposto pelo
volume equivalente de soro fisiológico. “O número e o intervalo entre os procedimentos variam, pois dependem da doença de base, condição
clínica do paciente e da resposta ao tratamento”, acrescenta Reinehr.
Com a necessidade de adequar os processos e rotina de acordo com as normas da
Anvisa, o HSVP iniciou, em agosto de 2013, a sangria terapêutica com o uso de Hemomix, um equipamento importante para o controle do volume sanguíneo retirado do
paciente.
Para realizar a coleta, o paciente deve realizar uma avaliação médica verificando a necessidade da Sangria Terapêutica e munido
desta solicitação, deve procurar a Recepção da Urgência/Emergência, de segunda a sexta-feira, pela manhã, das 8h às 12h, ou a tarde,
das 13h às 17h), para realizar o agendamento prévio. “Os procedimentos vêm sendo realizados somente no período da tarde, de segunda a sexta-feira, com
três procedimentos por dia, o suficiente para atender a demanda atual”, enfatiza o coordenador da UTI e responsável pela agência transfusional Enf. Geovani
Kunz.
É importante, ainda, ressaltar que o paciente não deve estar em jejum para fazer a sangria. “Após a realização do
procedimento, sugere-se também alimentação com algum lanche e suco antes do mesmo ir embora. É prudente que esteja acompanhado e não dirija
veículos imediatamente após o procedimento. Da mesma forma, os exercícios físicos devem ser evitados logo após o procedimento. O período
recomendado é de pelo menos uma hora de repouso e monitorização destes cuidados”, orienta o médico Denis Reinehr.
