A Polícia Civil pediu na tarde desta terça-feira (4) a prisão preventiva do jovem de 23
anos suspeito de ter cometido latrocínio, roubo seguido de morte, contra uma idosa de 85 anos em Rio dos Cedros, no Vale do Itajaí. O delegado Wilson Genevro também
pediu a prisão preventiva de um homem de 27 anos que teria ajudado o rapaz a cavar uma cova no cemitério da cidade.
Irene Pinto foi espacanda dentro da
própria casa em 23 de setembro. Ela só foi encontrada por vizinhos dois dias depois da agressão com ferimentos na cabeça e seminua. A vítima morreu na
quinta (29) no Hospital Santa Isabel, em Blumenau, também no Vale do Itajaí.
Segundo a polícia, o jovem de 23 anos é suspeito de ter
espancado a idosa. A mãe dele procurou a delegacia na segunda (3) para entregar um telefone que pertencia à vítima. Segundo a Polícia Civil, com o aparelho, o
caso ficou caracterizado como latrocínio.
O delegado confirmou que o suspeito não havia se apresentado na delegacia até as 18h desta
terça. Além do homem de 27 anos, um adolescente de 15 também teria ajudado a cavar a cova. Porém, prisões preventivas só podem ser concedidas a
maiores de idade. Até as 18h, também não havia chegado o laudo cadavérico da vítima.
Vizinho da idosa
Conforme o responsável pela delegacia, Irene tinha dinheiro em casa, pois no dia seguinte à agressão faria uma viagem a Blumenau para visitar parentes.
De acordo com a polícia, o rapaz de 23 anos era vizinho da idosa e a conhecia desde a infância.
"Quando ele estava embriagado, a mãe não o
deixava dormir em casa, então, ele ia para casa de Irene. Para evitar incômodos, ela deixava de R$ 5 a R$ 10 à disposição para que ele pudesse comprar
bebidas. Portanto, só ele poderá dizer o que houve na noite do espancamento, as razões da agressão", contou Genevero.
Suspeito era usuário de drogas
O adolescente suspeito de envolvimento contou à polícia que o jovem havia roubado uma
cópia da chave da idosa e a usava para pernoitar na residência dela, quando brigava com a família em razão do uso de drogas.
Conforme
Genevro, Irene teria contado a uma amiga dias antes do crime que tinha ouvido a respiração de uma pessoa durante a noite, que parecia haver alguém dormindo em sua
casa.
Ainda de acordo com o relato do adolescente à polícia, na noite do espancamento, o rapaz havia passado a noite na casa da idosa e ela o viu
quando saía do banho, por isso estava seminua quando foi encontrada.
Túmulo aberto
Em 24 de setembro, o suspeito
teria se encontrado com o adolescente e o homem de 27 anos e contado sobre a agressão. Na madrugada, outras duas casas também foram arrombadas no mesmo bairro e o garoto de 15
anos foi encontrado dormindo em uma das residências.
A polícia informou que suspeita da intenção dos suspeitos de desaparecer com o corpo da
idosa, pois no cemitério um túmulo da família de um deles foi aberto e limpo no fim de semana.
De acordo com a polícia, o jovem de 23 anos
chegou a ser ouvido pela polícia, mas negou o crime. “Os outros dois negam inclusive conhecer este rapaz, mas suspeitamos que sejam amigos”, relatou.