Os partidos PP, PTB e PPS estiveram reunidos nesta semana e definiram a gestão da mesa
diretora da Câmara de Horizontina para os anos de 2015 e 2016.
A reviravolta pode ser resultante das divergências recentes no entendimento do PTB com os
demais partidos no Executivo. Pelo menos três nomes indicados pelo partido para compor a equipe política do Governo Nildo&Bianchi foram exonerados no mês de Maio pelo
prefeito Nildo Hickmann. A Secretaria Geral de Governo, cargo criado com salário idêntico ao do vice-prefeito e que pertenceria ao PTB, segundo acordo político na
formatação da aliança, foi acumulado pelo vice-prefeito, segundo o prefeito Nildo Hickmann para evitar despesa de mais de R$ 9 mil mensais com a
função.
Desde então o PTB não escondeu a insatisfação com as medidas adotadas pelo prefeito. O presidente do partido
Eduardo Horst e o próprio atual Presidente do Legislativo Alessandro Rafael dos Santos, publicamente, cobraram uma reavaliação de parte do prefeito municipal e a
respeitabilidade ao que segundo eles, foi acertado em acordo político pré e pós-eleitoral.
Alessandro dos Santos não confirmou se a atual
crise com o Executivo impactou na decisão. O edil disse somente que no momento oportuno haverá a divulgação de posicionamento partidário dos trabalhistas
e esclarecidas às razões que levaram o PTB a tomar essa decisão.
O acordo dos trabalhistas, progressistas e populares socialistas, prevê
a continuidade do mandato de Alessandro na presidência da casa até agosto de 2015, tendo como vice Antônio Lajús e Secretário Álvaro Callegaro. De
setembro de 2015 a Maio de 2016 o presidente será Chico Padoin do PP com vice indicado pelo PTB e Álvaro Callegaro Secretário. De junho de 2016 até o final do
mandato, Antônio Lajús presidirá o parlamento, com Álvaro vice e Alessandro secretário.
A decisão que envolveu
indicação de cargos de CCs no Legislativo, com imediata nomeação inclusive de Everton Laerte Reckziegel como Assessor por indicação da bancada do
PP, surpreendentemente, não teve a participação da vereadora titular do PTB. Zuleika Wehner garante não ter sido comunicada de nenhum acordo e que discorda do
mesmo. " Sou filiada e a vereadora mais votada do partido, soube do acordo pela imprensa, não acho isso correto, estou surpresa e muito triste com essa decisão,
não participei, não fui ouvida" disse a vereadora.