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25/10/2020 | 20:28 | Esporte

Inter empata com o Flamengo, mas mantém liderança do Brasileirão

Colorado vencia até os 50 minutos do segundo tempo, mas sofreu gol de Everton Ribeiro

Colorado vencia até os 50 minutos do segundo tempo, mas sofreu gol de Everton Ribeiro
Isadora Neumann / Agencia RBS
Talvez um castigo por o Inter  ter apenas resistido no final do jogo. Talvez um prêmio ao Flamengo pela insistência e pelo talento. O fato é que o empate entre os dois líderes do Brasileirão deixou os colorados com a sensação de ter perdido dois pontos no final, os flamenguistas de terem mantido a invencibilidade na competição e a quem assistiu, a certeza de que o futebol brasileiro pode mais do que entrega. Um 2 a 2 digno da primeira divisão do país pentacampeão e há tanto machucado por calendários malucos e inchados.
Eduardo Coudet mandou a campo o que tinha de melhor à disposição, com Heitor na lateral direita, Moledo na zaga (no lugar do suspenso Cuesta), Lindoso, Edenilson, Patrick e Marcos Guilherme no meio, fechando com Thiago Galhardo e Abel Hernández na frente. O Flamengo também estava bastante desfalcado, sem Diego Alves, Rodrigo Caio, Arrascaeta, Gabigol (todos lesionados) e Bruno Henrique (suspenso). Domènec Torrent, o Dome, manteve Hugo Souza no gol, Natan na zaga, adiantou Everton Ribeiro e Gerson e escolheu Vitinho para ser o terceiro na linha ofensiva do meio, atrás de Pedro.
O começo do Inter foi em altíssima rotação. Antes do terceiro minuto, já havia criado duas chances claríssimas, ambas com participação de Heitor. Na primeira, o lateral foi lançado por Zé Gabriel, avançou e cruzou. A zaga afastou parcialmente. Ele devolveu para a área, de pé esquerdo. Abel Hernández, absolutamente livre, na área pequena, cabeceou para fora. Na sequência desse lance, o Flamengo tentou sair jogando, Edenilson desarmou, Patrick cruzou, a defesa cortou. Heitor pegou a sobra, tabelou com Galhardo e bateu forte. Hugo fez grande defesa.
O sufoco do Inter, somado a uma letargia do Flamengo, que insistia em sair pelo chão, virou gol aos sete. Isla tentou driblar Patrick e foi desarmado. O meia colorado entrou na área e cruzou para trás, onde estava Abel, com o gol vazio, para escorar: 1 a 0.
Essa marcação lá em cima, na pressão sobre os zagueiros, tem o lado perigoso. E contra um time como o Flamengo, quando ela não funciona, é letal. O Inter sentiu da pior maneira possível três minutos depois de abrir o placar. O time carioca passou pela primeira linha e fez a bola chegar até Pedro. O centroavante driblou Zé Gabriel, que escorregou, progrediu e concluiu colocado, cheio de categoria, entre Lomba e a trave. Em 10 minutos, um gol para cada líder do Brasileirão.
Depois do empate, o ritmo foi reduzido, até porque a aceleração do início era alta demais para ser mantida. Na igualdade de correria, o talento do Flamengo se sobressaía, principalmente por meio de Everton Ribeiro, que comandava as ações ofensivas dos visitantes. 
Em compensação, bastou ao Inter forçar a marcação sobre a defesa rubro-negra para voltar a ter vantagem. Aos 24, Gustavo Henrique, apertado por Abel Hernández, deu um presente para Thiago Galhardo. O goleador do Brasileirão matou a bola na cabeça e, de três dedos, tirou o goleiro da jogada: Colorado na frente novamente.
O Flamengo, é claro, tentou buscar o empate e para isso forçou lançamentos para Pedro e apostou na individualidade de Vitinho. O Inter, embora jamais deixasse de pressionar em cima, entendeu que haveria espaços para contra-atacar. Aos 37, Galhardo recebeu nas costas da defesa, entrou na área e bateu. Hugo salvou. O goleador fez outro, aos 40, cheio de categoria, encobrindo o goleiro, mas estava impedido, e o lance foi anulado. 
Inspirado por Patrick, dono de um primeiro tempo impecável tanto defensivamente quanto ofensivamente, o Inter foi para o intervalo com a vantagem em campo e na tabela, sendo líder do Brasileirão de fato (mais pontos) e de direito (maior aproveitamento).
As duas equipes voltaram sem substituições do vestiário. E a disposição do Inter também não mudou. Tanto que deixou de ampliar o placar aos quatro. Edenilson fez jogada pelo meio, entregou para Abel, que apenas escorou para Marcos Guilherme. O chute saiu de chapa de pé, no canto, superou Hugo, mas ficou na trave.
A resposta do Flamengo foi em altíssimo nível, também. Isla pela direita, cruzamento rasteiro, Pedro fez o corta-luz, Gerson passou de primeira e o mesmo Pedro, de voleio, arrematou por cima do travessão.
O time carioca entrou definitivamente no jogo. E o Inter teve sorte para não levar o empate aos 12. Pedro recebeu na área e, centroavante, girou sobre Zé Gabriel. Seu chute foi defendido por Lomba. No rebote, Filipe Luis pegou de primeira e quase quebrou o travessão tamanha força da batida.
Foi a vez, então, de o Inter levar perigo. Edenilson pegou a bola pelo meio e viu o deslocamento de Patrick pela esquerda. O camisa 88, de dentro da área, concluiu cruzado, a centímetros da trave.
Era lá e cá. O Flamengo não empatou aos 21 porque Heitor foi um super-herói. Começou com um drible, mais um, de Pedro sobre Zé Gabriel. O centroavante serviu Vitinho, que driblou Lomba, mas perdeu um pouco de tempo. Ainda assim, chutou a gol. Heitor salvou em cima da linha. O rebote se apresentou para Pedro, que bateu também. Heitor, de novo, salvou.
Para tentar diminuir essa montanha-russa, Coudet fez duas trocas: tirou Marcos Guilherme e Abel, colocou D'Alessandro e Rodrigo Dourado. Dez minutos mais tarde, com a pressão do Flamengo intensa e sem que o Inter reagisse, Pottker foi chamado para o lugar de um exausto Thiago Galhardo. Enquanto isso, os técnicos das duas equipes bateram boca e fizeram as pazes. O jogo era intenso também do lado de fora.
As últimas trocas de Coudet foram por exaustão. Uendel e Lindoso deixaram o campo para as entradas de Moisés e Musto. A hora era de resistir. O Flamengo foi para o tudo ou nada, com Lincoln e Michael.
Na última bola do jogo, aos 50 minutos, Gerson trouxe da esquerda para a direita e cruzou. Everton Ribeiro, no meio da área, desviou de cabeça, 2 a 2. Placar final.
Fonte: GZH
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