A Polícia Federal investiga
esquema de fraude envolvendo desvio de dinheiro do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que teria alimentado campanhas eleitorais do PT no Rio Grande do
Sul, segundo informou o jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira.
A Operação Colono produziu um inquérito enviado ao Supremo Tribunal Federal
(STF) por suspeita de envolvimento de um deputado federal com foro privilegiado, Elvino Bohn Gass (PT), reeleito neste ano. Quando o caso foi enviado ao STF, a juíza Karine da Silva
Cordeiro disse que o envolvimento de Bohn Gass estava evidente no relatório.
Segundo o inquérito da PF, recursos do Pronaf, liberados como
empréstimos contraídos no Banco do Brasil em nome de agricultores, entrava em contas da associação Aspac, de Santa Cruz do Sul (RS). De lá, o dinheiro foi
enviado a contas pessoais de dirigentes e ex-dirigentes ligados à associação.
Durante a investigação, a PF quebrou o sigilo de 107
contas bancárias e inferiu que 26.000 depósitos foram responsáveis pelo repasse de 104 milhões de reais no período de 2006 a 2012. Pelo menos 85
milhões de reais eram do Pronaf. Outro petista que recebeu o dinheiro oriundo da entidade, segundo a PF, foi o vereador Wilson Rabuske, que recebeu 700.000 reais e sua mulher,
324.000 reais.