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24/06/2021 | 21:08 | Esporte

Na estreia de Aguirre, Inter vence a Chapecoense e quebra tabu na Arena Condá

Com gols de Caio Vidal e Yuri Alberto, Colorado ganhou pela primeira vez no estádio no Brasileirão

Com gols de Caio Vidal e Yuri Alberto, Colorado ganhou pela primeira vez no estádio no Brasileirão
Ricardo Duarte / Inter/Divulgação

Na estreia de Diego Aguirre, o Inter quebrou algumas marcas. Pela primeira vez na história do Brasileirão, venceu a Chapecoense fora de casa. Os gols de Caio Vidal e Yuri Alberto foram os primeiros que não se originaram de bola parada após seis rodadas. Com o 2 a 1, o uruguaio ganha tranquilidade para trabalhar e preparar a equipe para a sequência da competição. No domingo, enfrentará o América-MG também longe do Beira-Rio.


O primeiro Inter de Aguirre teve improvisações. Léo Borges está sendo negociado com o Porto e ficou de fora dos 11 iniciais. Sem laterais no grupo, o técnico fez algo que já tinha sido visto em 2015: mandou um zagueiro para o lado. 

 

A defesa, então, teve Zé Gabriel como lateral-direito, Heitor na esquerda e uma dupla de zaga com Lucas Ribeiro e Cuesta. À frente deles, Dourado. Na sequência, uma linha com quatro meias, Patrick na esquerda, Mauricio e Edenilson centralizados e Caio Vidal na direita. Como centroavante, Yuri Alberto.
O começo de jogo estudado, de adaptação ao sistema e ao treinador durou cinco minutos. Porque uma das características que tanto gosta o uruguaio se fez ver. A Chapecoense se enrolou na saída da defesa, Patrick e Yuri Alberto subiram a marcação, recuperaram a bola, entregaram a Mauricio, que deu de presente para Caio Vidal, sozinho, bater e vencer João Paulo: 1 a 0. Foi o primeiro gol colorado que não saiu a partir de uma bola parada (pênalti, falta ou escanteio) no Brasileirão.

 

Aos 13, outra faceta de Aguirre apareceu. Era um escanteio para a Chape, a defesa colorada afastou e cinco jogadores partiram para um contra-ataque. Mauricio esticou a Caio Vidal, Yuri Alberto entrava pelo meio. O cruzamento foi parcialmente afastado e Edenilson só não conseguiu concluir porque o goleiro foi arrojado na saída e fez uma intervenção perfeita.

 

A Chapecoense só levou perigo aos 21. Após uma cobrança de falta lateral, Felipe Santana apareceu sozinho no meio da área e cabeceou para fora, ao lado da trave.

 

A resposta colorada foi a jogada mais bonita do time na temporada. Dourado passou para Edenilson, que deu de letra para Yuri Alberto. Igualmente de letra, o centroavante deixou Mauricio na frente do goleiro. O meia poderia até ter avançado mais, ou ao menos olhado para o goleiro. Chutou da entrada da área e João Paulo fez grande defesa.

 

O Inter era muito superior e transformou essa diferença gol aos 34. Lucas Ribeiro roubou a bola de Anselmo Ramon, Edenilson ganhou a dividida e passou a Patrick. O camisa 88 foi esperto, deu drible rápido e lançou Yuri Alberto. Era o centroavante, em velocidade, contra o goleiro. Covardia: Inter 2 a 0.

 

Apesar da vantagem, o time gaúcho não parou de insistir. Baixava as linhas e, assim que recuperava a bola, partia em contragolpes, sempre com pelo menos quatro jogadores. O resultado permaneceu até o intervalo.

 

O segundo tempo começou com pressão da Chape. Aos três, Anselmo Ramon cabeceou e Daniel defendeu sem rebote.

 

No lance seguinte, um lance que envolveu qualidade e polêmica. Caio Vidal arrancou pela direita e passou para o meio, Yuri Alberto fez um corta-luz, Edenilson dominou, ajeitou, fez que ia chutar e devolveu para Yuri. O centroavante encheu o pé, João Paulo fez grande defesa. Na sequência, ele e o goleiro trombaram. Ainda na queda, Yuri conseguiu concluir, a defesa salvou e Patrick chegou para o rebote, mas João Paulo se recuperou e defendeu.

 

Ainda que mandasse no jogo, o Inter tinha demonstrado dificuldades na bola aérea. E ela foi definitiva para a Chapecoense diminuir a distância no placar. Aos nove, uma falta frontal erguida para a área foi desviada por Derlan sem que qualquer defensor colorado impedisse.

 

Imediatamente após o 2 a 1, Aguirre fez suas primeiras trocas. Zé Gabriel, que havia se lesionado no lance anterior, deu lugar a Léo Borges. Heitor voltou à lateral direita. No meio, Dourado saiu para a entrada de Johnny. Na primeira participação, Léo Borges quase marcou. Ele recebeu de Patrick e, em um cruzamento que virou chute, acertou a trave. 

 

Aos 21, outra bola na trave. Mauricio abriu espaço da intermediária e arriscou. A bola explodiu na quina e não entrou. Seis minutos depois, o Inter escapou de levar o empate. Felipe Silva foi lançado na direita, cruzou, a bola passou pela área e Bruno Silva cabeceou rente à trave. Na sequência, outra chance clara do Inter. Yuri Alberto tabelou com Caio Vidal, recebeu na frente e chutou, de pé esquerdo, João Paulo defendeu com o pé. Na volta, Patrick bateu e o goleiro espalmou.

 

Aguirre trocou Mauricio por Lindoso, para dar mais força defensiva. E imediatamente após a troca, Patrick deixou Johnny cara a cara com o goleiro, mas a conclusão foi ruim, para fora.

 

O jogo ficou lá e cá. Aos 32, a Chape não empatou porque Daniel teve reflexo com o pé esquerdo para salvar um chute à queima-roupa de Perotti. O Inter ainda teve outra oportunidade para matar o jogo, mas Patrick não alcançou, quase em cima da linha, um desvio de Yuri.

 

A tensão permaneceu até os minutos finais. Nos acréscimos, deu tempo ainda para um desentendimento. Bruno Silva agrediu João Peglow, que demorou para repor a bola, e levou cartão vermelho. Na confusão, o goleiro reserva Danilo Fernandes também foi expulso, após revisão no VAR. Mas o Inter "soube sofrer" e segurou a vitória, a segunda fora de casa.

Fonte: GZH
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