08/07/2022 | 05:13 | Política
Pacote que prevê R$ 41 bilhões em novos auxílios e ampliações de existentes será apreciado em nova sessão no dia 12 de julho
427 deputados estavam no plenário, placar considerado insuficiente por Lira para aprovar a PEC dos Benefícios - Fátima Meira / Futura Press / Estadão
Devido ao quórum considerado arriscado para a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) dos Benefícios no plenário, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu adiar para a próxima terça-feira (12) a votação que estava prevista para a noite desta quinta-feira (7). A PEC cria e amplia uma série de benefícios sociais. O pacote prevê R$ 41 bilhões em auxílios.
Ao final da sessão, apenas 427 deputados tinham registrado presença, mas 394 votaram um requerimento de encerramento da discussão. Nessa votação, a base conseguiu apenas 303 votos. São necessários 308 para aprovar uma PEC.
— Não vou arriscar nem essa PEC nem a próxima — disse Lira antes de encerrar a votação e reconvocar os trabalhos para a próxima terça, referindo-se também ao projeto do piso salarial da enfermagem (PEC 11/22), que seria apreciado na sequência.
A PEC dos Benefícios, também chamada de PEC Kamikaze, foi apensada à PEC dos Biocombustíveis. O relatório do deputado Danilo Forte (União Brasil-CE) foi lido em sessão turbulenta na madrugada da última quarta-feira (6) em comissão especial. Na tarde desta quinta, a comissão aprovou o texto-base e liberou a PEC para a apreciação pelo plenário.
A matéria aprovada no Senado em dois turnos e que seria analisada pelo plenário nesta quinta-feira na Câmara, prevê auxílio-gasolina a taxistas de R$ 200 por mês, bolsa-caminhoneiro de R$ 1 mil por mês, aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 mensais, além de dobrar o valor do vale-gás a famílias de baixa renda. Também estão previstos recursos para subsidiar a gratuidade a idosos no transporte público, entre outros benefícios.
Todas as medidas terão validade somente até o fim de 2022.
A proposta ainda prevê a decretação de um estado de emergência há três meses das eleições. Segundo a legislação, benefícios ou programas sociais não podem ser criados em ano eleitoral. Porém, a proposta que está em análise em comissão especial da Câmara dos Deputados, cria um estado de emergência - o que viabilizaria os gastos extras - justificando a distribuição de benesses em razão da alta dos combustíveis e da guerra na Ucrânia.
Auxílio Brasil: R$ 26 bilhões
Auxílio Gás dos Brasileiros: R$ 1,05 bilhão
Auxílio para caminhoneiros: R$ 5,4 bilhões
Auxílio para taxistas: R$ 2 bilhões
Alimenta Brasil: R$ 500 milhões
Gratuidade para idosos: R$ 2,5 bilhões
Créditos para etanol: R$ 3,8 bilhões
Fonte: GZH
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