O movimento unificado
de 43 categorias do funcionalismo público estadual avalia como "difícil" a possibilidade de retorno ao trabalho de servidores do Executivo na próxima sexta-
feira (4). As categorias deflagraram nesta segunda-feira (31) quatro dias de paralisação, em protesto contra o parcelamento de salários.
Os
maiores reflexos à população foram observados na segurança pública e na educação. No entanto, as categorias não garantem o retorno
imediato das atividades.
"Em função da incerteza e da impossbilidade material dos nossos servidores, dificilmente eles voltarão na sexta-
feira", diz Sergio Arnoud, presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos (Fessergs).
Um dos líderes do movimento unificado,
Arnoud classificou a situação vivida pelos servidores como "dramática" e a pior vivida pelos funcionalismo e pelo Estado em mais de 30 anos. Para o presidente
da Fessergs, o governador José Ivo Sartori demorou a tomar iniciativas para contornar a crise. Como exemplo, citou o envio do projeto que autoriza o aumento dos saques dos
depósitos judiciais e a ação o STF contra o bloqueio de recursos do RS para o pagamento da dívida com a União.
"Vamos realizar
reunião essa semana com os três senadores gaúchos sobre o projeto deles da dívida. Ela está paga e é União quem nos deve. Veja, estamos
tomando essa iniciativa e os senadores. O governador não, parece alheio", critica Arnoud.
Na manifestação esta manhã, o movimento
unificado voltou a defender outras medidas para contornar a crise. Além da renegociação da dívida, o combate à sonegação e a revisão
de incentivos fiscais.